domingo, 16 de outubro de 2011

Um bom encontro

Vi Patricia este fim de semana. Assim como previa, foi maravilhoso!

Primeiramente havíamos combinado de sair para correr, algo que sempre gostamos de fazer, porém choveu o dia inteiro em nossa cidade. Mais tarde voltei a conversar com ela, ela disse que estava em dúvida se dormiria ou visitaria sua tia. Disse que iria na casa da Tia. Então propus: " Você iria la mesmo se eu te chamasse para sair ?", e para minha felicidade ela respondeu: "Não, vamos sair". Mais tarde quase que tudo da errado, me ligou dizendo que não tinha roupa para sair, que não iria, insisti, me arrependi em insistir, ela disse que não iria, fiz voz de decepção, ela aceitou ir. Ainda bem que ela aceitou.

Fui busca-la em sua casa, ela estava toda de preto, e seu crocs roxo. Seu cabelo solto estava lindo, definitivamente eu me apaixonaria mais um pouco naquele momento, mesmo que ela tivesse engordado da ultima vez que eu a vi, e ela mesma disse e insistiu nesse tópico, disse assim que ela entrou no carro: "Você esta linda".

Demos uma volta, falamos sobre coisas do cotidiano, as novidades que ela tinha, as novidades que eu tinha, foi bem tranquilo esse trecho, demos risada, como sempre, adoro fazer ela rir. Ela estava tão empolgada que me chamou de amor, acho que nem notou.

Foi quando eu resolvi parar um pouco o carro, queria parar e olhar no rosto dela um pouco. Parei. Falamos mais um pouco sobre qualquer coisa. O assunto foi acabando, mas era nítido que ela não queria ir embora, não tocou nisso em nenhum momento. Foi quando o silêncio veio, mas ela logou irrompeu. Sugeriu que eu estivesse curioso sobre o caso entre ela e Eduardo. Disse que não, e não mesmo, porquê estaria? Você prezado leitor sabe o quanto eu desejo essas experiências em Patricia, e sabe ainda da minha fibra moral para aguentar tudo isso, e continuar a sentir tudo que eu sinto. Ela disse, contou tudo que aconteceu, uma história maluca, Eduardo é maluco! Eles nem mesmo ficaram! Foi engraçado enquanto ela contava, eu fazia ela dar boas risadas sobre tudo, ao mesmo tempo que conseguia tratar o assunto com seriedade, ela disse ainda sobre outro casinho dela. Este último mais importante, para ela, onde ela disse que estava realmente gostando do cara. Disse ainda que ele era um cara legal, bonito, trabalha no mesmo lugar que ela, ele sim é um adversário a altura, porém tem um ponto positivo a meu favor, o cara ainda gosta da sua ex namorada, e trata Patricia como segunda opção. Patricia não é mulher de ser tratada assim, ela não gosta disso, apesar dela gostar do cara, pode abdicar de tudo isso, pois ela quer ser única, e quando coloca alguma coisa na cabeça, ninguém consegue tirar, nem eu (ou consigo?). Ela disse ainda que nunca correria atrás de homem nenhum, foi quando minha cabeça borbulhou e concluiu, mesmo que ela me quisesse de volta, esperaria que eu fosse até ela, nunca me pediria nada. Conforme a conversa avançou concluiu que talvez nem gostasse tanto assim dele, que talvez fosse ela não estava sendo ela mesma, estava só interessada na novidade, no carinho diferente, o cara fez um jantar pra ela, cozinhou, eu nunca fiz isso, mas também nunca tive a oportunidade. Concluiu que talvez todo esse romance fosse invenção da sua cabeça. Ficamos lá conversando um tempo sobre todas essas situações, fui aconselhando, falando tudo que eu pensava sobre as mais diversas situações.

Ela chorou. Ela simplesmente começou a chorar, disse que eu era muito importante pra ela, que eu era seu melhor amigo, uma pessoa que ela podia contar pra qualquer coisa, e que ela tinha cada vez mais certeza disso, disse que gostava de mim, que eu tinha sido a pessoa mais especial na vida dela.Chorava de felicidade segundo ela mesma. Disse ainda que seria difícil ela encontrar alguém como eu (Ahhh um pouco de reconhecimento!). Me elogiou tanto, me abraçou, me deu vários beijos doces no rosto, como foi gostoso.

Por minha parte a todo momento demonstrei-me forte, falei de um casinho que tive, e ela não pareceu querer ouvir outros, diferentemente do que eu costumo fazer, ela não, não estava muito interessada. Mas mostrei o quanto sigo minha vida, e sigo sem ela. Falei de uma boa amiga que me aconselha, falei sobre alguns conselhos que ela deveria ouvir também, e perguntei, se ela tinha alguém para conversar sobre assuntos do coração, uma amizade que ela facilmente podia se abrir. Ela chorou novamente, disse que não, disse que estava amando nossa conversa, como era bom falar sobre tudo, e uma pessoa ouvir, dar sua opiniões, ao invés de qualquer coisa sem fundo de sentimentos como "Desencana, vamos beber". Chorou mais, agradeceu eu ter ligado, ter tirado ela de casa para nos ver. Recebi até uma mordidinha no braço! Disse que fiquei muito em dúvida se eu deveria mesmo ligar, pois ela parecia tão bem sem mim na vida dela, mas ela logo retrucou "Não estou". Durante a conversa aproveitei para deixar claro - Conte comigo. Apesar de eu ser ex-namorado de Patricia, quero ser o cara mais foda que ela conheceu, quero ser a primeira pessoa que ela pensa quando tem problemas, quero que, mesmo que não voltemos um dia, quando ela estiver casada com uma pessoa, e essa pessoa brigar com ela, ela lembre, o Lucas não faria isso, o Lucas era um cara foda e que me respeitava.

Quando já eram quase duas da manhã ela quis ir embora, mas eu queria um abraço, um abraço fora do carro, ali mesmo na praça, onde chovia um pouco, ela veio, e maravilhosamente me deu um abraço. Não sei quanto tempo ficamos ali abraçados, olhamos um pouco nos olhos, voltamos a nos abraçar, ficaríamos ali a noite toda, foi quando apertei mais o abraço e relaxei, acho que ela entendeu como um sinal de "chega". Eu por mim ficaria ali pra sempre naquele abraço, estava tão gostoso, confortável, quente.

Levei ela pra casa, fiz questão de ir bem devagarinho, queria aproveitar aqueles últimos minutinhos, só a verei novamente daqui 3 semanas, sentirei saudades, e espero que ela também.

Na porta da casa dela nos abraçamos novamente, ela me deu beijinhos na bochecha, dei na dela, nos olhamos. Nunca esquecerei esse olhar, ele dizia "Eu sou apaixonada por você, obrigada por tudo", você prezado leitor talvez pense que eu desejei isso, mas não, eu senti isso, dei outro beijinho, um na trave, ela parou, me abraçou, eu não queria tentar beija-la e estragar a noite, dei outro beijo no rosto e me despedi.

Já me apaixonei pela mesma mulher mais de mil vezes, e não me canso.

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